quinta-feira, 18 de novembro de 2010

o ciclo da borracha

Houve um grande surto de produção e exportação de borracha da região amazônica durante o início da República Velha. A borracha chegou a ocupar o segundo lugar na pauta de exportações brasileiras, perdendo apenas para o café. A seringueira, uma planta do gênero Hevea, da família Euphorbiaceae, é uma árvore natural da Amazônia. Nem precisa plantar, se acha fácil na floresta. Fazendo uns talhos no tronco, o seringueiro extrai um líquido leitoso grudento. Esse líquido vai secando e formando uma bola macia. A bola é a matéria-prima para fazer borracha. A borracha já era conhecida no século XIX. Mas ela tinha o defeito de ficar mole nos dias de calor e quebradiça no inverno.
Em 1839, o engenheiro norte-americano Charles Goodyear descobriu que dava para resolver esse problema colocando a borracha no fogo para se combinar com enxofre (processo de vulcanização). A partir daí, a borracha destacou-se na indústria mundial: eram matéria-prima para a produção de peças, solas de sapato, pisos e coberturas, luvas, vedações, etc. No começo do século XX, a indústria automobilística começou a se desenvolver espetacularmente. Os pneus dos carros são feitos de borracha. Esta matéria prima era exclusiva da Amazônia.
Entre 1890 e 1920, a borracha foi o segundo produto de exportação do Brasil, só perdendo para o café. Muitos latifundiários, donos de seringais, ficaram milionários, Manaus e Belém construíram belíssimos palacetes para esses barões da borracha. Homens tão ricos que, só para aparecer, mandavam lavar as roupas em Paris. Acendiam o charuto queimando uma nota de 100 libras esterlinas. Houve um grande desenvolvimento da cidade de Manaus que ficou caracterizado pelas suas construções especialmente o Teatro Amazonas em Manaus. Na selva, porém, era diferente. Lá trabalhavam os peões. Geralmente, nordestinos fugidos do latifúndio e da caatinga seca para reencontrar o latifúndio na selva.
Durante alguns anos, a borracha brasileira dominava o mercado internacional, até que a Inglaterra começou a produzí-la, em larga escala, em suas colônias no Sudeste Asiático, depois de ter contrabandeado mudas de seringueira do Brasil. O preço internacional da borracha caiu muito e a borracha brasileira perdeu seus mercados. Os seringais foram abandonados e a Amazônia voltou à estagnação econômica, porém, conseguindo o Brasil, graças à borracha, atráves de acordos e tratados internacionais a ampliação do território do Estado do Amazonas e a incorporação do Acre ao território brasileiro.

A base da republica velha o coronel

Quem organizava a vida política, diretamente no contato com a população, nos municípios, era a figura "carismática" do "coronel". Sempre fazendeiro, sendo geralmente o líder da maçonaria local, o coronel, apesar do nome, era um líder essencialmente civil, em um país com 80% de sua população rural, onde tinha que se caminhar muito para fazer política. Era, o coronel, o elo entre a população e o poder estatal.
O Coronel garantia os votos locais do Presidente do Estado (hoje se diz Governador), em troca do apoio do governador à sua liderança política no seu município, no qual dispunha de grande poder devido ao fato da Constituição de 1891 ser descentralizadora, garantindo, aos estados e municípios, grande autonomia legislativa e de polícia.
O coronel nem sempre ocupava o cargo de Intendente Municipal, prefeito, delegado de polícia ou o de vereador, mas, em geral, indicava os candidatos a esses cargos. O tipo do Coronel entrou em decadência com a urbanização do Brasil.
O poder e autonomia do Coronel eram muito grandes, a ponto de um irmão do Presidente Rodrigues Alves dizer:
Cquote1.pngNo Brasil manda o "Chiquinho de Paula", aqui em Guaratinguetá, mando eu!Cquote2.png
O poder dos fazendeiros chegou a ser tão grande, que o geógrafo francês Pierre Monbeig chamou, em seu estudo "Pioneiros e fazendeiros de São Paulo", o governo estadual paulista da república velha de "O governo dos fazendeiros".
O termo coronel começou a ser usado, no Brasil, por líderes políticos locais já no período da Regência, a partir de 1831, quando foi criada a Guarda Nacional em substituição às Companhias de Ordenanças, extintas naquele ano e que foram de grande importância na época do Brasil Colônia.
A patente mais alta na Guarda Nacional era a patente de coronel, a qual era atribuída ao fazendeiro mais importante de uma região, na qual havia um batalhão formado da Guarda Nacional. A Guarda Nacional se destacou na Revolução liberal de 1842, Guerra contra Oribe e Rosas e na Guerra do Paraguai, quando os fazendeiros sustentavam adicionalmente as tropas dos voluntários da pátria, convocando-as e soldando-as, ganhando, assim, um apoio descomunal nesse período. Aos poucos, após a Guerra do Paraguai, a Guarda Nacional foi se tornando simbólica, não reunindo mais tropas, e foi extinta em 1918 no período de Venceslau Brás.

A constituição de 1981

No início de 1890, iniciaram-se as discussões para a elaboração da nova constituição, que seria a primeira constituição republicana e que vigoraria durante toda a República Velha. Após um ano de negociações com os poderes que realmente comandavam o Brasil, a promulgação da Constituição Brasileira de 1891 aconteceu em 24 de Fevereiro de 1891. O principal autor da constituição da República Velha foi Rui Barbosa. A constituição de 1891 era fortemente inspirada na Constituição dos Estados Unidos.

A lei da Imprensa

Em 23 de dezembro de 1889, o decreto 85A, cria a primeira lei de imprensa republicana, onde uma junta militar poderia processar e julgar sumariamente abusos da manifestação do pensamento; Este decreto ganhou o apelido de decreto rolha e foi reforçado e ampliado pelo decreto 295 de 29 de março de 1890. Foi a primeira vez que se censurava à imprensa desde o Primeiro Reinado de D. Pedro I. Esses decretos estabelecendo censura à imprensa foram revogados em 22 de novembro de 1890 pelo decreto 1069.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reestruturação do Estado Brasileiro

Para obter-se a solução dos problemas nacionais
tornam-se prioritárias a reestruturação do Estado
brasileiro e sua modernização.

I-1
Estado é uma nação politicamente constituída e organizada,
regulada por uma Constituição.
I-2
Estado é
MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA POSSÍVEIS
qualquer distinção.
I-2.1 O
pela Constituição Federal, ao manter-se incompetente para assegurar
à pessoa humana o gozo dos direitos sociais com dignidade
(saúde, educação, trabalho, segurança, moradia, lazer,
proteção à maternidade e à infância, e assistência material aos
desamparados), tornou-se falido e precisa ser repensado. É este
o objetivo deste trabalho.
O Estado – Na acepção do Direito Público,A Função do Estado – A principal função doPROPORCIONAR AOS SEUS CIDADÃOS AS, semEstado Democrático brasileiro proclamado